Infelizmente, a maioria das pessoas se considera ruim porque tem sentimentos de inveja e tenta fugir deles, acreditando que assim se livram da paixão. Mas no momento em que tentamos fugir, percebemos que algo estranho está acontecendo: eles estão vindo atrás de nós. Assim como a lua vai conosco aonde quer que formos, como a sombra nos segura, o mesmo acontece com a inveja.
Como realidade do nosso ser, a inveja é um traço difícil de carregar, porque, ao contrário de outras paixões, que podem ser pelo menos parcialmente satisfeitas e trazem prazer, a inveja só traz problemas para a alma.
Por que isso está acontecendo? Um dos motivos é que, a princípio, a inveja é um movimento da alma. Antes de chegarmos a pensamentos e observações como “algumas coisas dão errado!”, Primeiro de tudo acontece em nossa alma uma reação quase imperceptível ao ver aquela coisa ou situação que gostaríamos. E sendo um movimento da alma, não pode ser aniquilado, pelo menos não racionalmente. Não podemos ter como objetivo parar de sentir, porque também não temos a intenção de sentir.
Porque a inveja, por mais condenável que seja, esconde de você um segredo importante. O segredo é que você gosta de uma certa coisa: gosta do carro do seu melhor amigo, gosta de ser casado e vê que os outros já o são, gosta de ter uma boa aparência, de ter um emprego, uma posição social e a lista é infinita. Você vai perguntar por que é tão importante notar que você gosta, porque você já sabia disso.
É importante, porque assim você poderá perceber que não quer o que o seu vizinho tem, mas um determinado estado. Você deseja o estado de espírito que pensa que experimentará ao obtê-lo. Assim como quem compra produtos emagrecedores depois de um comercial de televenda, eles pensam que também compram seus quilos negativos junto com o produto e se parecerão com os atores do comercial e se sentirão bem. Se fossemos simbolizar de uma forma – e eu convido você a fazer este exercício, escolhendo um objeto que represente a coisa invejada, outro objeto é o estado em que pensamos estar vivendo e outro objeto é o trabalho da pessoa invejada – veríamos que a coisa desejada é diferente do estado desejado e, principalmente, é diferente da coisa que o vizinho possui.
E então, qual é o objeto da inveja? Percebemos então que sob a inveja havia um desejo e que o que temos que fazer é trabalhar para o cumprir…. E especialmente porque essa pessoa não tem nada a ver com nosso sentimento de inveja. Estamos dispostos a fazer o que for necessário para cumprir nosso desejo? Estamos dispostos a fazer os sacrifícios necessários – tempo, esforço, dinheiro? Estamos dispostos a aprender quais passos precisamos dar para cumprir nosso desejo? Vejamos agora o que pensamos que a pessoa sente – e uma breve análise mostrará que isso seria semelhante a alegria. Se você fez o exercício sugerido acima, você já viu que esse estado é diferente tanto do objeto de desejo quanto da pessoa. E responda aqui a pergunta: você está disposto a fazer o que for preciso para viver feliz, se você realiza seu desejo e se seu vizinho leva mais três carros nesse ínterim, por exemplo?
O que invejamos já está em nós
O acima se refere a situações concretas e tangíveis nas quais sabemos exatamente o que queremos. E suponha que já tenhamos aprendido a trabalhar nesse nível. E aqui estamos em situações em que nos vemos invejando algo que nunca teríamos pensado. Um lindo discurso. Uma troca de olhares entre duas pessoas. Um traço de caráter de alguém. “Como gostaria de ter tido a sua coragem também!” – dizemos olhando-nos com desdém, com medo porque nos conhecemos.
Veja, a inveja se comunica conosco novamente. O que? O fato de que o que invejamos já está em nós, apenas em um estado ainda não praticado. E sabemos com certeza que existe, porque de outra forma também não teríamos visto o outro. Não poderíamos ter reconhecido a coragem se não soubéssemos a definição de nós mesmos. Não poderíamos reconhecer a ternura se não estivesse em nós.
É assim que, afinal, a inveja pode nos levar à gratidão. Agradeçamos a Deus por aquilo que Ele colocou em nós, agradeçamos ao nosso próximo, por nos ajudar a descobrir, e por nós – porque viemos poder trabalhar nisso, mesmo que ainda não o vejamos.
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